quinta-feira, 26 de março de 2015

21 coisas que vão melhorar a sua vida assim que as começar a fazer



O que é que as pessoas podem começar a fazer já, que possa vir a ajudá-las daqui a cinco anos?" A questão, colocada no site de perguntas e respostas Quora, recebeu centenas de sugestões. Aqui ficam as melhores


1. Faça exercício físico. Se puder, faça-o de manhã, isso vai ajudá-lo de muitas maneiras: Não só adormecerá melhor à noite, como também estará mais alerta durante o dia. Ao fazer fluir o seu sangue, vai ajudá-lo a despertar. A mente fica mais alerta e focada. Alivia o stress.
2. Não diga "faço amanhã" ou "não tenho tempo." O amanhã tende a ser aquele tempo imaginário que nunca chega a acontecer e nas 95%-99% das vezes que dizemos "faço amanhã" ou "não tenho tempo" isso significa, na verdade, "prefiro ser preguiçoso."
3. Não arranje desculpas. Faça as coisas. Se há algo que quer fazer, seja apenas algo que pense ser divertido, uma nova experiência, ou algo em que se possa aperfeiçoar, então faça-o. Isto vai de encontro ao ponto 2. Se arranjar desculpas, então significa que não deseja assim tanto fazer essas coisas.
4. Leia livros. Largue a Internet. Pare de ler artigos inúteis de três parágrafos e leia algo com substância. Ler livros vai ajudá-lo a ampliar o seu vocabulário, vai abrir a sua mente e inspirar o pensamento e criatividade, entre outros benefícios.
5. Certifique-se dos seus rendimentos e economize. E seja duro a poupar. Dentro de 5-10 anos estará muito feliz por tê-lo feito.
6. Não guarde rancor. Não cultive o ódio. É preciso uma grande quantidade de energias para nos zangarmos com os outros, portanto não se preocupe tanto. Ponha tudo para trás das suas costas. E se alguém continuar a inspirar-lhe esses sentimentos, ponha essa pessoa para trás das costas também. É tão simples como isso.
7. Ria e sorria. Sempre. Está a ter um dia mau? Primeiro sorria. Um sorriso grande,  de orelha a orelha. Force-o. Está cientificamente comprovado que sorrir, mesmo quando não se sente feliz, ajuda-o a ficar feliz. Procure um vídeo engraçado no Youtube e ria. Sem reservas. Vai ajudar.
8. Pare um pouco. Cheire umas flores. Tenha tempo para si e para relaxar. Recarregue as suas baterias.
9. Seja grato. Às vezes é difícil perceber, no momento, como tudo está bem para si, mas pare para pensar em tudo o que tem, na sua vida. Há sempre quem esteja pior, por isso deve estar agradecido por tudo aquilo que tem. Claro que é bom querer ser melhor e não se limitar a aceitar as coisas como elas estão, mas deve parar, por momentos, para apreciar o quê e quem está ao seu redor.
10. Seja caridoso. Não apenas através do seu dinheiro ou tempo, mas com a pessoa que você é. Ser caridoso não é apenas dar moedas, mas antes ser aquela pessoa que pára o que está a fazer e vai ajudar uma pessoa que precise de ajuda, no meio da rua. É dar gorjeta ao empregado mal humorado, que pode estar a ter um dia mau. Dar oportunidade de trabalho a um jovem que lhe pede insistentemente, mesmo que o seu Currículum não seja perfeito.
11. Seja egoísta. De vez em quando. Pode parecer contraditório, mas às vezes é necessário que ignore os outros e que se afaste um pouco do mundo. Faça aquela viagem com que tanto sonha. Compre aqueles sapatos há tanto desejados. Pode soar a vaidade, mas se não cultivar uma mente e um corpo saudáveis, como pode ajudar outros a fazê-lo?
12. Guarde o telemóvel quando estiver com amigos ou familiares. Aproveite o seu tempo com eles. Tem todo o tempo do mundo para a tecnologia, mas não vai ter sempre todo o tempo com os seus entes queridos.
13. Não seja tímido. Converse com as pessoas. Não tenha medo de iniciar uma conversa com estranhos. Qual é a pior coisa que pode acontecer? Ignorarem-no? Serem rudes? Nesse caso, não vai precisar de voltar a falar com eles. Não só vai ajudá-lo perder o medo da rejeição, como também o vai ajudar a ler as pessoas, a ser mais gentil e, quem sabe, encontrar grandes pessoas.
14. Saiba ouvir. Quando alguém estiver a falar consigo, ouça. Não se limite a pensar naquilo que vai responder, ouça mesmo o que lhe estão a dizer. Depois de ouvir, tem tempo de pensar no que quer dizer em seguida.
15. Seja você mesmo. Não tenha medo de ser quem é e não se preocupe com as opiniões das outras pessoas a seu respeito. Aproveite a vida e a si mesmo. Se as pessoas não gostarem de si pelo que é, não precisa dessas pessoas na sua vida. Porém, se todas as pessoas que encontram o criticam de alguma maneira, faça uma reavaliação do seu caráter.
16. Viaje. Sempre que possível. É uma das melhores coisas que se pode fazer. Pode abrir-lhe as portas para coisas que nunca poderá experienciar no seu pequeno cantinho do mundo. Conhecerá novos estilos de vida e culturas, verá a natureza com outros olhos e poderá constatar o desiquilíbrio de poder e riqueza que há no mundo. Viajar convida à introspecão e fá-lo viver experinências inesquecíveis.
17. Tenha uma mente aberta. Aceite que você não pode saber tudo nem nunca saberá.
18. Ame. Não tenha medo de deixar os outros entrar na sua vida. Ame de modo incondicional. Se o magoarem, o seu coração vai curar-se e aprender. Mas não deixe que o seu coração se feche. E não permita o os outros o pisem por amar as pessoas de modo tão aberto. Se alguém o trata mal, afaste-se, mesmo que nutra um grande amor por essa pessoa.
19. Faça perguntas e seja curioso. O "porquê" é uma das palavras mais poderosas do ser humano. Pode abrir muitas portas e trazer muito conhecimento. Da próxima vez que alguém lhe disser alguma coisa, em vez de aceitar, pergunte o porquê. Vá ao fundo das questões. Saiba.
20. Siga as suas paixões e os seus sonhos. Faça o que quer e o que gosta. Não se acomode. Pelo trabalho, pelo cônguge, por nada. Se acreditar que é capaz de muito mais, então vá em frente, sem se esquecer de manter pelo menos um dos pés assentes na terra, para não deitar a perder tudo o que já possa ter conseguido.
21. Seja criança. Ser criança é abrir os braços com uma ignorância feliz, conseguir viajar para onde quer que vá, olhar para as coisas com uma curiosidade inigualável a qualquer adulto. É ter a capacidade de ver as coisas de uma forma criativa e deixar voar a imaginação. É estar num táxi e não estar apenas numa confusão de tráfego, a caminho do trabalho - estar numa batalha de vilões, numa missão para salvar o mundo. Não julgar. Não assumir. Simplesmente aceitar. Perguntar porquê por querer mesmo entender. A criança é muitas vezes egoísta, mas ao mesmo tempo dá de si de um modo surpreendente, por não gostar de ver os outros tristes. Sorri muitas vezes, porque não há muitas mais maneiras de se sentir assim tão bem. Cada novo dia é algo excitante. Agindo assim, conseguirá ser a melhor versão de si mesmo.

Agora tu com essa informaçao, vais dar conselhos a um grupo de pessoas.... Com cada um desses 21 itens elabora frases do tipo:
"SE fizerem mais exercício físico......"




Substantivos E ADJETIVOS

Coloca as palavras EMPARENTADAS como nos exemplos


ex: CONVERSAR..................... CONVERSA  


ESCOLHER
PAGAR
JULGAR
ATENDER
PARAR
RECOLHER
TROCAR
VENDER
RECORDAR
FABRICAR
GANHAR
PERDER
TREINAR
SAUDAR
PASSAR
SUGERIR
AGIR
ALARMAR
PERSEGUIR
AVANÇAR
CONTROLAR

PROTESTAR
CLONAR
OLHAR


CONFLITO....................CONFLITUOSO

CANTAR
DELITO
MEDO
CARICATURA
FUGIDA
PREGUIÇA
MALVADEZ
CANSAÇO
CULPA
MISSÃO
SAÚDE
TRISTEZA
DURAÇÃO
GRAÇA
TEMPO
ENFADO
ALIMENTO
SOLIDÃO


Corrige nas aulas.

Ordenar um texto



Arruma nesta notícia os parágrafos (de a a f) junto com o título interior (g).
Logo a seguir coloca um título.

São atribuídos ao gangue dos vovôs mais de 20 assaltos, quase sempre com o mesmo método, sem enfrentar as vítimas cara a cara e eximindo-se a atos violentos, nada recomendáveis em tais idades.
Identificavam veículos, sobretudo de transporte, e quando os seus condutores paravam em estações de serviço ou em restaurantes, para almoçar, concretizavam os furtos.
Foi assim que limparam as encomendas de uma carrinha dos CTT, volumes de tabaco de outra viatura, ou, em vésperas do último Natal, televisores LCD de um camião. (a)

Eram de uma pontualidade britânica. Às oito da manhã, o mais tardar, já rolavam na carrinha que os transportaria de Lisboa para o Sul ou o Norte do País, conforme a agenda estabelecida.
Também não adiavam o que tinham por fazer. Embora reformados, com idades entre 60 e muitos e 71 anos, os três elementos do gangue dos vovôs chegavam a sair quatro dias por semana para o trabalho, com estiradas de ida e volta a tempo de jantarem em casa. (b)

Paciência e descontração eram outras das suas qualidades, bem demonstradas no mais lucrativo golpe que deram. Em Gondomar, sinalizaram um vendedor de ouro, que batia as ourivesarias da cidade para escoar o seu produto.
Com calma, estudaram os movimentos do indivíduo - sobretudo onde estacionava o seu Mercedes para ir almoçar. Na bagageira do carro, ficava a mala com o ouro.
Regressaram a Lisboa e aperfeiçoaram o método para, num ápice, rebentarem com aquela fechadura: onde exatamente furar a chapa, a berbequim, para depois aplicar o engenho mecânico que a deceparia. (c)

Já treinados, voltaram a Gondomar, esperaram que o vendedor de ouro fosse almoçar e assaltaram a bagageira do seu Mercedes. 
Quando chegaram a Lisboa, traziam uma pequena fortuna na carrinha Sharan.
Esse ouro há de ter contribuído para a compra do barco de recreio que a polícia recentemente lhes apreendeu, após os deter. Mas outras surpresas espreitavam. (d)


Sucedeu agora que esse funcionário público, ainda a trabalhar na mesma morgue, nos turnos da noite, surgiu como cabecilha do gangue dos vovôs, liderando os membros mais idosos do grupo. Mas não só: puxando pelo novelo, as investigações policiais deram com outro gangue etariamente semelhante, embora bem menos sofisticado. Era formado por quatro homens com idades entre 64 e... 78 anos. Aqui, no registo das buscas, está a apreensão de uma Bimby "robô de cozinha". O gangue dos vovôs jogava noutro campeonato.  (e)

Suspeito esquecido (f)


A vida dá muitas voltas e nesta história reapareceu um funcionário público, agora com 51 anos, que há mais de uma década esteve debaixo de olho da PJ. À época, a Judiciária investigava um esquema de corrupção em que uma funerária recebia informações privilegiadas de elementos de uma morgue de um grande hospital de Lisboa. Antecipava-se assim à concorrência, comunicando a morte a familiares e realizando o funeral.
Numa busca, a PJ encontraria no carro daquele funcionário, que trabalhava na mencionada morgue, um magote de peças de roupa. Ficou indiciado de recetação de artigos furtados. (g)


terça-feira, 24 de março de 2015

Projeto Escandinávia 3

NO CAFÉ
Kjell Askildsen (Noruega, 1929)


Uma das últimas vezes que estive num café foi num domingo de verão, lembro-me bem, porque quase todo mundo ia de “mangas de camisa” e com gravata, e pensei: talvez não seja domingo como eu julgava, e o facto de ter pensado exatamente isso, faz com que me lembre.
Sentei-me numa mesa no meio da sala, ao meu redor tinha muitas pessoas tomando acepipes e bolos, mas todas as mesas estavam ocupadas por uma pessoa sozinha. Fazia uma grande impressão de solidão, e como levei muito tempo sem falar com ninguém, não me teria importado trocar umas quantas palavras com alguém. Estive a cogitar um bom momento como o fazer, mas quanto mais estudava as caras ao meu redor, mais difícil me parecia, era como se ninguém tivesse olhar, certamente o mundo mudou para deprimente. Mas já tinha tido a ideia de que seria agradável que alguém me dirigisse um par de palavras, de maneira que, continuei a cismar, pois é o único que serve. Ao cabo de um momento soube o que ia fazer.
Deixei cair a minha carteira ao chão, fingindo não dar por isso. Ficou atirada junto à minha cadeira, completamente visível às pessoas que estavam sentadas perto, e vi que muitas a olhavam de esguelha e à espera. Eu tinha pensado que talvez uma ou duas pessoas se levantariam a recolhê-la e ma dariam, pois sou um velhote, ou pelo menos me gritariam, por exemplo: «Caiu-lhe a carteira». Se uma pessoa deixasse de acalentar esperanças,  poupava uma data de deceções. Estive uns quantos minutos a olhar de esguelha e à espera, e no fim fiz como se de repente, tivesse reparado que me tinha caído. Não me atrevi a esperar mais, pois entrou-me medo por se algum daqueles mirones se lançar, de repente, sobre a carteira e desaparecer com ela. Ninguém podia estar completamente seguro de que não contivesse uma data de dinheiro, pois às vezes os velhotes não são pobres, inclusive pode que sejam ricos, assim é o mundo, o que rouba na juventude ou nos melhores anos da sua vida terá a sua recompensa na velhice.
Assim mudaram as pessoas nos cafés, isso sim que o aprendi, aprende-se enquanto se vive, ainda que eu não saiba de que serve tê-lo feito assim, justo antes de morrer.

Tradução: Pilar M.P.

Projeto Escandinávia 2

NO CABELEIREIRO
Kjell Askildsen (Noruega, 1929)


Há muitos anos que deixei de ir ao cabeleireiro. O mais próximo encontra-se a cinco quarteirões que me resulta bastante longe, inclusive dantes de se partir o corrimão da escada. O pouco cabelo que me cresce posso cortá-lo eu próprio, e lá o faço. Gosto de me olhar ao espelho sem me deprimir demasiado, também corto sempre os cabelos compridos do nariz.
Mas numa ocasião, há menos de um ano, e por razões em que não quero entrar agora, senti-me mais sozinho que do costume e ocorreu-me a ideia de me ir cortar o cabelo, ainda que não o tinha nada comprido.
A verdade, é que me tentei convencer de não ir, o cabeleireiro estava demasiado longe,  disse para mim:  as tuas pernas já não dão para isso, vai-te custar pelo menos três quartos de hora ir, e outro tanto voltar. Mas de nada serviu. E quê?, respondi-me, tenho tempo a mais, o tempo é o único que me sobra.
De maneira que me vesti e saí à rua. Não tinha exagerado, demorei muito, jamais tinha ouvido falar de ninguém que ande tão devagar como eu, é uma seca, teria preferido ser surdo-mudo. Porque, o que há que mereça ser ouvido?, e porque falar?, quem escuta?, e há alguma coisa mais que dizer? Sim há mais que dizer, mas quem escuta?
Finalmente cheguei. Abri a porta e entrei. Aí, o mundo muda. No cabeleireiro tudo mudou. Só o cabeleireiro é o mesmo. Cumprimentei-o mas não me reconheceu. Apanhei uma decepção, ainda que fingi não dar por isso. Não havia nenhuma vaga livre. Três pessoas estavam a ser barbeadas ou lhes cortavam o cabelo, outras quatro ficavam à espera e não havia nenhuma cadeira livre. Estava muito cansado mas ninguém se levantou. Os que estavam à espera eram jovens de mais, desconheciam o que a velhice é? De maneira que me voltei para a janela e pus-me a olhar para a rua, fazendo como se fosse isso o que eu queria fazer, porque ninguém devia sentir lástima por mim. Aceito a cortesia, mas a compaixão podem guardá-la para os animais.
Com frequência, com muita mesmo, bem é certo que já há muito tempo, ainda que o mundo não se tem tornado mais humano, pois não? costumava reparar nalguns jovens, eles passavam por cima de pessoas prostradas no passeio mas quando viam um gato ou um cão ferido, então, os seus corações transbordavam compaixão. “Pobre cãozinho” diziam ou “coitadinho do gatinho” Está ferido? ¿Ai, sim, há muitos amantes dos animais!
Por sorte, não tive que estar de pé mais de cinco minutos, e poder-me sentar foi um alívio. Mas ninguém falava. Dantes, em outros tempos, o mundo tanto o longínquo como o próximo levava-se até ao interior do cabeleireiro. Agora reinava o silêncio, tinha feito o passeio em vão, não havia já nenhum mundo do que falarmos.
Assim, pouco depois, levantei-me e fui-me embora. Não tinha nenhum sentido seguir lá. O meu cabelo estava suficientemente curto e além disso, poupei umas coroas, com certeza que me teria custado bastante.
E rompi a andar os muitos milhares de passinhos até casa. Ai, o mundo muda, pensei. E estende-se o silêncio. É hora já de morrer.
Tradução: Pilar M.P.

terça-feira, 17 de março de 2015

A carta






http://www.slideshare.net/vanda300/a-carta-formal-e-informal

http://www.slideshare.net/vanda300/a-carta-formal-e-informal

Vocabulário substantivos


Processo ou acto de
buscar:             busca

de escolher
de apagar
de attender
de parar
de perseguir
de pronunciar
de controlar
de julgar
de recolher
de saudar
de lavar
de recorder
de treinar
de pagar
de avançar
de constipar
de sugerir
de trocar
de vender

quinta-feira, 12 de março de 2015

Como construir uma empresa. 2: Tem perfil de empreendedor?



Teste: Tem perfil de empreendedor?

A vontade de avançar para um negócio nem sempre é suficiente para se ter sucesso. Existem características pessoais inatas e formas de trabalhar que ajudam a atingir a meta. Teste a sua personalidade empreendedora

Aponte a sua resposta a cada uma das questões para poder contabilizar o seu resultado no final.

1. Se tivesse oportunidade de escolher entre 100 mil euros em dinheiro ou o equivalente em joias, o que escolheria?
a) As joias
b) O dinheiro


2. Quando se depara com um acidente sério o que faz?
a) Tenta ficar tranquilo, toma as providências necessárias e, só depois de tudo resolvido, para para pensar no que aconteceu
b) Fica paralisado. Não consegue tomar decisões nem agir


3. Se algo parece difícil de concretizar:
a) Desiste de imediato
b) Tenta um pouco mas, ao aperceber-se das dificuldades, desiste
c) Ao constatar a dificuldade, procura soluções e não desiste com facilidade


4. Quando visita um imóvel vazio para comprar ou alugar:
a) Imagina-o todo decorado e remodelado
b) Tem dificuldade em abstrair-se e só consegue ver o imóvel tal como está no momento


5. Já foi líder estudantil ou esteve ligado a algum movimento associativo?
a) Sim
b) Não

6. Foi ou é chefe de alguma equipa?
a) Sim
b) Não

7. Já trabalhou ou trabalha numa atividade remunerada?
a) Sim
b) Não

8. Suponha que é dono de uma empresa e tem de despedir o José, pai de 3 filhos, boa pessoa, prestativo, mas não muito eficiente, ou o Manuel, solteiro, inteligente, que faz tudo rápido e bem feito. 
Quem demite?
a) O José
b) O Manuel


9. Acredita que o Bill Gates, fundador da Microsoft, teve sucesso porque:
a) Teve sorte
b) Tem capacidade e trabalhou muito para isso


10. Quando viaja:
a) Deixa as coisas acontecerem e resolve na hora os problemas que surgirem
b) Costuma fazer algum planeamento da viagem
c) Planeia tudo com meses de antecedência e procura antecipar imprevistos, levando algum dinheiro extra consigo


11. Quando tem dúvidas:
a) Informa-se até estar completamente esclarecido
b) Fica quieto, pois não gostar de fazer má figura


12. Quando tem uma ideia:
a) Costuma colocá-la em prática
b) Guarda para si, pois tem medo que não dê certo


13. Como se descreveria?
a) Uma pessoa com muitos amigos
b) Uma pessoa que gosta de ficar quieta, de pouca conversa


14. Considera-se:
a) Otimista
b) Pessimista
c) Realista


15. Acredita que:
a) Dormir é necessário, embora seja preciso trabalhar muito para conseguir o que deseja
b) Dormir é ótimo. Não consegue trabalhar sem dormir, pelo menos, oito horas


16. Em momentos de crise:
a) Fica bloqueado
b) Tenta aprender com a situação e procura oportunidades no meio do caos aparente


17. Suponha que lhe foi dada a oportunidade de participar num empreendimento que conhece bem. Ao fazer uma análise detalhada, constata que é um excelente negócio, com ótima rentabilidade. No entanto, para fazer parte da sociedade, tem de vender a casa, o seu único bem, e ir morar temporariamente para um imóvel mais pequeno. 
Neste caso:
a) Não faz o negócio, pois tem medo de perder o dinheiro da casa
b) Entra como sócio, uma vez que se trata de um risco calculado e com boas hipóteses de sucesso


Como construir uma empresa.

 

Faz um resumo de 100 a 120 palavras.
Extrai as ideias principais. 5 ou 6. (estilo esquema)
........

Como construir uma empresa

Tem uma bela ideia e acha que vai criar um negócio lucrativo? Pense outra vez. A imaginação pode não ter limites, mas a capacidade de resistência tem. Aqui encontra um guia com os passos necessários para montar uma empresa, evitando os erros mais comuns.



Como construir uma empresa
Anos antes de ser reconhecido mundialmente, Walter Disney foi despedido do jornal onde trabalhava, alegadamente por não ter boas ideias. Sem desanimar, o jovem cartoonista arriscou e abriu uma empresa para vender os seus desenhos, mas acabou por celebrar contratos onde aceitava receber pagamentos ao fim de seis meses. Rapidamente ficou sem fundo de maneio e faliu.
Durante algum tempo, Walter Disney sobreviveu no limite, sem dinheiro para comer mais do que os cachorros quentes vendidos nas ruas do Kansas. No entanto, em vez de baixar os braços, abriu outra empresa.
Antes de assinar o primeiro contrato, foi desprezado pela MGM, que apostou no fracasso do rato Mickey, por entender que as mulheres iriam ficar aterrorizadas com aquele animal. Puro engano. Quando morreu, em 1966, o criador da Walt Disney era uma lenda, com um vasto império.
Sempre disse que tinha como lema seguir em frente.
Na origem de um grande sucesso está sempre uma lista de "boas ideias" que falharam redondamente. Na maioria das vezes, os seus mentores foram pessoas pouco reconhecidas. Jack Ma, fundador do site Alibaba e o homem mais rico da China, conta com à-vontade que falhou muitas vezes.
"Tentei trabalhar como polícia e não me aceitaram. Concorri para a cadeia de fastfood KFC, entrevistaram 24 pessoas e contrataram 23. Fui o único que ficou de fora.
Tentei entrar em Harvard dez vezes e fui sempre rejeitado. Para se alcançar o sucesso é preciso saber ser rejeitado", reforça.
Nos últimos anos, o número de empreendedores tem aumentado significativamente em Portugal. As novas qualificações, a partilha de experiências com o resto do mundo e a falta de emprego provocada pela crise criaram condições para uma nova geração que fervilha com ideias e procura romper com tradições. O fenómeno é de tal forma que, dentro de duas semanas, a SIC estreia um programa televisivo que reúne cinco empresários de áreas diferentes, dispostos a investir, partilhar experiências e redes de contactos de forma a ajudar os concorrentes a desenvolver as suas ideias e negócios.
A primeira edição do Shark Tank à portuguesa vai para o ar no dia 21 de março e recebeu 1 100 candidaturas. Destas, apenas 134 foram escolhidas para um casting ao vivo e cerca de metade poderão ir para o ar.
Muitos candidatos ficaram pelo caminho porque não conseguiram explicar corretamente a sua ideia. Na televisão, tal como no dia a dia, a forma como é apresentada a ideia é determinante para esta ser bem "vendida".
Sem medo de arriscar


Mário Ferreira, dono da DouroAzul e o primeiro turista espacial português, é um dos membros do júri à procura de novos projetos para diversificar a sua carteira de investimentos. "Não estou disposto a investir sem critério. O fundamental é a ideia de negócio, a forma como o mesmo está estruturado e, sobretudo, quem está à frente do mesmo, o conhecimento que demonstra ter do seu projeto e do mercado em que atua. O valor a investir irá depois depender do projeto e das necessidades associadas à alavancagem e ao sucesso do mesmo", explica. Habituado a ganhar dinheiro com ideias inovadoras, como os cruzeiros no Douro, este empresário revela que um bom empreendedor deve ser dinâmico e mostrar paixão pelo que faz.
Acima de tudo, tem de estar disposto a ouvir o que os outros têm para lhe dizer, mesmo os críticos.
E como se distingue uma boa ideia de um bom negócio? Mário Ferreira não tem dúvidas em apontar a capacidade de gerar valor, não para quem a tem, mas para a sociedade.
"Basta passar um dia a falar com pessoas na rua para perceber que não faltam boas ideias. Agora, boas ideias de negócio, capazes de dar resposta a necessidades reais dos consumidores, já é algo mais difícil de encontrar.
Depois é preciso que essa boa ideia seja diferenciadora do que já existe no mercado criando uma categoria nova ou novo nicho e seja sustentável. Aqui já estamos a falar de ideias vencedoras. Ninguém investe para perder dinheiro, por muito boa que uma ideia seja no papel", acrescenta.
Com a crise e a falta de empregos, muitos portugueses começaram a olhar para a criação de novos e inovadores negócios como forma de ultrapassar estas dificuldades.
Por outro lado, e à semelhança do que se passa noutros países como os Estados Unidos da América, começa a difundir-se uma cultura de rompimento com padrões tradicionais.
Entre 2007 e 2014, as empresas com um ano de vida empregaram 15% da população ativa e já representavam 34% do tecido empresarial. Pela primeira vez, as sociedades com apenas um sócio ultrapassaram o número de sociedades por quotas e 10% destas novas empresas já exportavam ao fim do primeiro ano de existência.
"A par da crise e da necessidade de encontrar soluções alternativas, a evolução tecnológica e a visibilidade que as empresas passaram a ter proporcionam maior apetência para criar empresas e produtos diferentes ", explica Miguel Cruz, presidente da Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI). Nos últimos anos, a própria agência tem vindo a centralizar os diferentes apoios disponíveis para apoiar os empreendedores, da ideia até à implementação e internacionalização. A rede de mentores, que deverá ser alargada, conta já com 400 pessoas disponíveis para ajudar quem quer testar uma ideia e inovar. "O empreendedorismo é um enorme contributo para melhorar a competitividade das empresas e não se resume à abertura do negócio, passa também pelo lançamento de produtos e serviços inovadores", defende o responsável.
À semelhança do que sucede há décadas nas escolas norte-americanas, por exemplo, começam agora a chegar às escolas públicas portuguesas projetos e aulas de empreendedorismo numa tentativa de despertar nos portugueses um espírito de risco e inovação.
Apesar das vantagens, este nem sempre é o melhor caminho. O processo implica um conjunto de características como a determinação, capacidade de lidar com os riscos, otimismo, espírito de iniciativa, conhecimento, curiosidade, organização e capacidade de liderança. Um negócio, sobretudo no início, implica uma dedicação quase em exclusivo. De acordo com os estudos da Funder and Founders, apenas 10% dos novos produtos têm sucesso e a taxa de sobrevivência das startups no primeiro ano de vida é de 18 por cento. Ao fim de três anos, o valor sobe para os 47,1 por cento.
E, quanto mais negócios experimentar, maior a probabilidade de ser bem sucedido.
Por isso, se chegar ao fim destas etapas e continuar disponível para começar tudo de novo, está na altura de avançar. Como aconselha Mário Ferreira, "um empreendedor deve estar preparado para dar o primeiro passo e não ter medo de arriscar".






Ler mais: http://visao.sapo.pt/como-construir-uma-empresa=f812934#ixzz3UBt2bLQN

terça-feira, 3 de março de 2015

Estocolmo exemplo para o cuidado do ambiente global


Como na EOI de Ourense se está a preparar uma viagem a Estocolmo para em breve, aqui vos deixo uma reportagem de há duas semanas, sobre essa cidade:





Ambiente: O exemplo da Suécia

É fácil ficar verde de inveja, ao fim de três dias em Estocolmo. Mas quando bebemos café numa esplanada sem darmos pelos carros silenciosos é que acreditamos: a cidade vai mesmo estar livre de combustíveis fósseis até 2040

3 comentários


A consciência é um sentimento curioso. Não se acredita que a primeira coisa que uma pessoa pensa ao entrar num avião seja a quantidade de emissões de CO2 que aquele voo  produzirá. Pensará no companheiro de viagem que vai sair-lhe na rifa, na sanduíche de sabor indefinido do almoço, nas pastilhas elásticas que ficaram esquecidas na mochila e farão falta, na descolagem. Mas quando o programa de trabalho leva no título a palavra "sustentabilidade" e as frases "tratamento de resíduos" e "planeamento urbano verde", embarca-se a fazer contas às milhas dos voos entre Lisboa e Estocolmo, via Frankfurt. E agradece-se a existência de páginas na internet que calculam a pegada ecológica antes de se conseguir dizer "alterações climáticas".
A má consciência esvanece-se no Arlanda Express, o comboio que liga o aeroporto ao centro da capital sueca. Desta vez, a viagem produz zero emissões. São vinte minutos embalados 100% a energias renováveis, estamos a ler num ecrã que alterna palavras com tremas e mensagens em inglês quando aparece uma mulher-"pica" simpática que risca o bilhete com uma esferográfica.
Uma outra mulher há de levar-nos num táxi até ao Scandic Sergel Plaza. O hotel é vizinho da praça Sergels Torg, uma zona comercial onde os prédios debitam milhares de watts de luz. Mas como nos avisaram que havemos de conhecer as abelhas que vivem no telhado, e comer ao pequeno-almoço o mel produzido por elas, entramos no quarto com o radar verde no máximo. Zero frasquinhos com champôs e geles de banho? Checked. Aquecedor de toalhas para não ser necessário mudá-las todos os dias? Checked. Caixote de lixo com separadores para restos de comida, papel e embalagens? Checked. E nem o hóspede mais distraído vai deixar de ler o cartaz pendurado ao lado do espelho de corpo inteiro: "Lá fora está vento e chove? Ótimo. Este quarto é alimentado pela água e pelo vento."
Todos para Estocolmo!
Na manhã seguinte não chove, mas somos surpreendidos pelo frio (5 graus, brrr!) e por revoadas de folhas secas. A caminho da sede da Agência para a Proteção do Ambiente (APA), num autocarro movido a biogás (produzido com metano dos esgotos e lixo orgânico), Per Sjöberg, funcionário do centro de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros, conta como se lembra bem de terem demolido uma grande parte de Estocolmo, nos anos sessenta. No lugar dos velhos prédios ergueram apartamentos energeticamente eficientes.
É também ele quem conta que falta construir muitos mais, porque todos os anos a cidade recebe 20 mil novos residentes, entre recém-nascidos e emigrantes. Dali a dois dias, a nova ministra do Clima e do Ambiente, Asa Romson, dos Verdes, haveria de lamentar o êxodo rural. A também vice-primeira-ministra diria que são, sobretudo, as mulheres jovens a mudar-se para a grande cidade. A tendência é nítida. Dá-se por elas em grupos, na rua. Algumas empurram carrinhos de bebé - mas são tantas quantos os homens, porque, por aqui, o pai tem direito ao mesmo tempo de licença parental que a mãe: 240 dias.
São estas novas famílias que têm comprado casa em Hammarby Sjöstad, bairro que integrou a consciência verde no planeamento urbano, que visitaremos nessa tarde. Mas, por agora, estamos a chegar ao edifício da APA. Recebemos um cartão com uma mola da roupa de madeira, e, quando nos falam do objetivo geracional, um dos 16 decididos pelo Parlamento há 15 anos, trilhamos um dedo a prendê-la na lapela.
O lixo, esse grande negócio

Em 1999, os deputados comprometeram-se a legislar no sentido de não deixarem uma herança ambientalmente pesada. Sanna Due Sjöström, funcionária da APA e líder do grupo de resíduos do conselho de ministros escandinavo, fala na morte do mantra. "Reciclar, reciclar, reciclar." Hoje, prevenir a produção de lixo é o objetivo maior. A prevenção está no topo de uma pirâmide invertida, seguida da reutilização, preparação para a reutilização, reciclagem, recuperação de energia e destruição. Menos de 1% dos resíduos municipais vão para os aterros, diz Sanna, que se lembra de pôr o lixo num buraco, na floresta, aos 10 anos. "Hoje, o lixo é um grande negócio. Por isso, a questão, agora, é quem tem direito a recolhê-lo."
Tomando a família de Sjöström como exemplo, no dia a dia, os habitantes de Estocolmo separam os restos de comida do vidro transparente, vidro de cor, papel, jornal, cartão, embalagens, pilhas, lâmpadas e óleo alimentar, e pagam uma taxa pelo lixo indiferenciado - no ano passado, Sanna pagou 220 euros pela recolha semanal. Ao sábado, o ecoponto é o sítio onde os vizinhos se encontram, despejam os sacos e, muitas vezes, saem com uns trocos no bolso - as garrafas de plástico e as latas têm depósito desde 2006.
É assim que se consegue reciclar 90% do lixo doméstico, mas, se um dia for atingido o objetivo de 100%, as centrais de produção de eletricidade e calor terão de importar todo o lixo de que precisam. Neste momento, ele já não chega para as encomendas. Na Brista II, do grupo Fortum, queimam resíduos trazidos da Noruega e do Reino Unido, contará um dos engenheiros, justificando: "A atmosfera não está limitada por fronteiras nacionais."
O paraíso mora em Hammarby?

A falta de lixo é motivo de orgulho na APA, só pode. Isso e o facto de ele ser separado em 96% das casas e 82% das pessoas afirmarem que o fazem por quererem contribuir para uma sociedade "recicladora".
Em Hammarby Sjöstad ainda é mais simples. Situado a dez minutos de carro do centro da cidade, nas margens do lago Hammarby, em 1997 era uma área contaminada, cheia de sucateiras. A cidade precisava de mais casas e queria receber os Jogos Olímpicos de 2004. O programa de reconversão ambiental da zona era tão ambicioso que os promotores da candidatura previam que seriam batidos recordes à conta do ar puro. Mas  Atenas seria a anfitriã.
Estocolmo avançou à mesma com o projeto, e, dez anos depois, há 20 mil pessoas a morar em Hammarby, em prédios com oito andares, no máximo, para o sol chegar ao rés do chão. Quase não passam carros, porque um lugar de garagem custa 150 euros por mês e estacionar na rua 70 euros. "É caro de propósito", admite Malena Karlsson, relações públicas do projeto, "para as pessoas usarem transportes públicos e bicicleta."
Um passeio pelo bairro é, por isso, feito entre jardins, algaraviada de crianças a brincar nos recreios das creches e das escolas, varandas com espreguiçadeiras (não, não há marquises) e dezenas de bicicletas, quase sempre estacionadas ao pé dos ecopontos.
Contribuir até na casa de banho

Por aqui, os ecopontos recebem restos de comida, papel ou lixo indiferenciado. Quando estão cheios, é tudo aspirado debaixo da terra até um terminal da Envac, empresa que tem 70% da sua atividade fora da Suécia (incluindo no Parque das Nações, em Lisboa). Como o camião só vai ao terminal três vezes por dia, reduzem-se as emissões de CO2. Quanto ao destino dos resíduos, o papel é reciclado, o orgânico irá gerar biogás e o restante será incinerado para produzir eletricidade e calor.
Sabe bem falar de aquecimento central quando temos o nariz a pingar. Malena apercebe-se da ironia e conduz o grupo até ao centro de informação, onde quem aproveita para ir à casa de banho regressa a sorrir. Na porta, há um cartoon com a pergunta: "Sven, o que estás a fazer?", e um homem, numa retrete, a responder: "Estou sentado, a fazer biogás."
O cartoon e a frase "Obrigada pela sua contribuição!" fazem todo o sentido, neste bairro. O "modelo Hammarby" manda que 50% da energia usada pelos habitantes seja produzida por eles próprios - as águas residuais, por exemplo, são utilizadas na produção de aquecimento.
A água, escreva-se, é motivo de orgulho em Estocolmo, arquipélago com 14 ilhas. Num briefing na embaixada, em Lisboa, o conselheiro Sten Engdahl falou na pureza do lago Mälaren, frente à Câmara, e de como a água potável da cidade vem de lá. Prometemos-lhes beber um copo diretamente do lago, mas fica para o dia em que virmos um salmão ser pescado junto do Parlamento - consta que são os melhores do país, mas o pescador que ali encontramos todas as noites devia andar em maré de azar.
A poluição também se referenda

Teríamos mais hipóteses de ver animais selvagens na visita ao telhado do hotel, onde o alemão Frank Horst, antigo cozinheiro, colocou seis colmeias, há três anos. As abelhas alimentam-se das flores dos parques mais próximos, mas, em setembro, recebem sempre alguns quilos de açúcar para conseguirem resistir ao inverno. O frio matá-las-ia pela certa, diz Frank, mostrando rapidamente um quadro de uma das colmeias. Nem repara quando é picado pelas abelhas friorentas.
A vista é lindíssima. Com tanto verde das árvores, azul da água e amarelo dos edifícios mais antigos torna--se difícil acreditar que, há 60 anos, Estocolmo estava cinzenta por causa do aquecimento doméstico. Hoje, o fumo quase desapareceu. Oitenta por cento das casas são aquecidas por um sistema de distribuição em rede, e 80% da energia é renovável. Em 2040, prevê-se que a cidade esteja livre de combustíveis fósseis. Para tanto, há que virá-la para os peões. "Já há uma mudança de foco, nitidamente", diz Linda Persson, especialista em desenvolvimento urbano da Câmara. "Agora, as pessoas estão primeiro."
Em 2005, quando os deputados debatiam a hipótese de criar uma taxa de congestionamento para os carros que entram no centro, mais de 70% dos habitantes manifestaram-se contra porque achavam que era apenas uma maneira de encher os cofres. No ano seguinte, o "sim" passou à tangente no referendo. Mas, em 2013, mais de 70% considerava que a taxa é por uma causa justa. "Foi uma mudança completa", orgulha-se Gunnar Söderholm, diretor da divisão de Ambiente e Saúde da câmara, oferecendo uma fatia de karlsbaderbröd, um pão recheado com pasta de amêndoa que comprou para adoçar a boca aos jornalistas estrangeiros.
É só coisas boas. Como menos engarrafamentos é igual a menos poluição, o ar da cidade está cem vezes mais limpo do que em 1965. As receitas líquidas da taxa alimentam os transportes públicos e vão, em breve, ajudar à expansão da linha de metro. Não falamos de coisa pouca - o bolo chega aos 75 milhões de euros, por ano.
A casa do futuro vai ser assim

Estávamos verdes de inveja quando nos sentámos, nessa tarde, à mesa com a ministra do Clima e do Ambiente, que nos tirou os óculos cor-de-rosa. Falta discutir a dependência da energia nuclear na Suécia - 40%, lembrou Asa Romson - e os caminhos de ferro. "Não há comboios e foram construídas demasiadas estradas", lamenta.
Na manhã seguinte, é por uma autoestrada livre de portagens (são todas) que rumamos a Upplands Väsby, a norte de Estocolmo, para visitar a primeira casa passiva certificada da Suécia, que é também uma ZEB (sigla em inglês para edifício de emissões nulas).
Junto à Villa Björken, situada na fronteira de um bosque de bétulas (björken significa bétula), o grupo tenta não ficar parado por causa do frio, enquanto Michael Staffas, da Fiskarhedenvillan, chama a atenção para as características exteriores da casa: fachada em fibrocimento (não precisa de manutenção); telhado coberto de plantas (isola e "agarra" água da chuva); painéis solares para a eletricidade e as águas quentes (vendem energia no verão e compram no inverno).
Lá dentro, estão 22 graus, à custa da água que foi aquecida com energia geotérmica e agora aquece as paredes. Michael enumera os princípios fundamentais de uma casa passiva: bom isolamento; janelas "verdadeiras"; sistema de ventilação com recuperação de calor; envolvente do edifício estanque ao ar; e eliminação de pontes térmicas. "As casas do futuro vão ser todas assim", antevê, "ou, então, não alcançamos o objetivo zero emissões."
Compensar longe, na Índia

Da Villa Björken, onde os vidros triplos não deixam passar o som dos pássaros, partimos para o aeroporto de Arlanda, a uma curta distância de carro. É a última etapa da missão de explicar como Estocolmo foi considerada a primeira cidade europeia verde, em 2010 (distinção a que agora se candidatam Lisboa, Porto e Cascais).
No Arlanda, local de passagem de mais de 20 milhões de passageiros por ano, o objetivo é ambicioso: zero emissões de CO2 nas operações em terra, já em 2020. Não é uma utopia, dizem, porque, desde 2005, conseguiram reduzir 68% das emissões e 30% do consumo de energia. Adotaram os "voos verdes", sem arranques nas descolagens e nas aterragens. Mas trocar os atuais limpa-neves por outros que não usem combustíveis fósseis será o próximo desafio.
Entretanto, vão compensando as emissões investindo em projetos em países pobres. Neste momento, são parceiros, por exemplo, numa central de biomassa no Estado indiano de Andhra Pradesh - e convidam os passageiros a fazerem o mesmo. A página na internet do grupo Swedavia faz as contas às milhas dos meus quatro voos e determina: são quase 40 euros pela emissão de 973 quilos de CO2. Quem já ofereceu os créditos ao projeto na Índia também ajudou a construir a cozinha da escola local e a comprar dois riquexós para a recolha de lixo doméstico. E ficou bem com a sua consciência.


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