Ultraleve
Carminho e Marisa Monte
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Águas de março análise_do_poema
Águas de Março
(Tom Jobim)
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho
É um caco de vidro
É a vida, é o sol
É a noite, é a morte
É um laço, é o anzol
É peroba no campo
É o nó da madeira
Caingá candeia
É o matita pereira
É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É o mistério profundo
É o queira ou não queira
É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga, é o vão
Festa da cumeeira
É a chuva chovendo
É conversa ribeira
Das águas de março
É o fim da canseira
É o pé, é o chão
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira
É uma ave no céu
É uma ave no chão
É um regato, é uma fonte
É um pedaço de pão
É o fundo do poço
É o fim do caminho
No rosto um desgosto
É um pouco sozinho
É um estepe, é um prego
É uma conta, é um conto
É um pingo pingando
É uma ponta, é um ponto
É um peixe, é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando
É a lenha, é o dia
É o fim da picada
É a garrafa de cana
O estilhaço na estrada
É o projeto da casa
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um resto de mato
Na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho
É uma cobra, é um pau
É João, é José
É um espinho na mão
É um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É um passo, é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um belo horizonte
É uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Chega dezembro e com ele vêm o natal, o reveillon, as férias, depois o carnaval... Na verdade, o ano seguinte só se inicia mesmo depois de encerradas as folias populares. Nada melhor que uma boa enxurrada para varrer as cinzas do ano anterior e então começar vida nova. Nada melhor que as refrescantes águas de março, que esfriam nossa cabeça para enfrentar mais um ano de luta... É verdade que, em cidades como São Paulo, com problemas tão graves como os de saneamento básico, essas águas são muitas vezes sinônimo de enchente, caos e até mesmo de morte. Mas isso não é culpa da natureza: cabe à cultura (no caso, aos administradores públicos, urbanistas e engenheiros) proteger os homens.
Certamente não eram as chuvas paulistas que Tom Jobim tinha em mente quando compôs "Águas de março".
Certamente não eram as chuvas paulistas que Tom Jobim tinha em mente quando compôs "Águas de março".
"É pau, é pedra, é o fim do caminho
é um resto de toco, é um pouco sozinho
é um caco de vidro, é a vida, é o sol
é a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
é peroba do campo, é o nó da madeira
caingá, candeia, é o Matita Pereira..."
é um resto de toco, é um pouco sozinho
é um caco de vidro, é a vida, é o sol
é a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
é peroba do campo, é o nó da madeira
caingá, candeia, é o Matita Pereira..."
O que temos aqui? Eu diria que um conjunto de elementos que lembram uma paisagem não urbana propriamente: pau, pedra, toco, a HYPERLINK "javascript:void(0);" solidão, peroba, nó de madeira etc. São elementos de um contexto mais natural, onde quase não se sente a ação do homem. O "quase" que eu disse vai por conta dos seguintes objetos: caco de vidro, elemento que implica fabrico, tecnologia; candeia, objeto rústico para iluminação, a indicar, no entanto, que esse lugar tomado pelas águas de março não tem luz elétrica; e anzol, que, apesar de artefato humano, tem a ver com uma forma primitiva de relação com a natureza, ou seja, a pesca, favorecida decerto em tempos mais chuvosos, em que os rios ficam cheios. Índices de uma cultura mais ligada à natureza são ainda a referência a HYPERLINK "javascript:void(0);" caingás, bem como pela referência ao HYPERLINK "javascript:void(0);" matita pereira. Como vocês podem percerber, estamos a léguas dos centros urbanos, num espaço onde ainda vigoram lendas, personagens folclóricas, populações pré-modernas, como os índios, e onde são enfatizados os ciclos naturais, vida e morte, sol e noite:
"é um caco de vidro, é a vida, é o sol,
é a noite, é a morte, é um laço, é o anzol."
é a noite, é a morte, é um laço, é o anzol."
A letra de Tom Jobim é basicamente descritiva, repertoriando uma série de elementos que visam construir a atmosfera desencadeada pelas chuvas num ambiente mais rural. Sendo descritiva, não conta com uma progressão dramática, um desfecho. Essa estrutura descritiva é enfatizada pela reiteração intensa do verbo "ser", um verbo que serve, entre outras coisas, para dar atributo, qualidade a algo. Mas talvez esse verbo tenha um sentido algo ambíguo aqui. A letra já se inicia HYPERLINK "javascript:void(0);" sem mencionar o sujeito a que se liga o verbo.
"É pau, é pedra, é o fim do caminho", e assim até o fim, com variação dos predicativos. Imaginamos que o que é pau, o que é pedra "é" as águas de março. Ou seja, "águas de março" significa pau, pedra, peroba do campo e tudo mais. Como dissemos, trata-se de representar a atmosfera úmida de março. Chegamos quase a sentir o cheiro da madeira molhada, a imaginar o corpo se refrescando (é o fim da canseira, como diz a letra). Mas, se é assim, por que o verbo "ser" não está no plural, para concordar com "águas", no plural? Podemos cogitar alguns motivos: convenhamos que repetir "são" a todo o instante ficaria um pouco exaustivo. Seria são pra lá, são pra cá, são acolá. A forma "é" está muito mais na ponta da língua, o que dá bem mais agilidade à música; além disso, o sujeito, "águas de março", é mais lógico do que sintático. Ele figura no título da canção, mas não na letra, pelo menos até quase o fim. "Águas de março" é o pressuposto do texto, mas não está estruturado nele sintaticamente. O título serve aqui para indicar o objeto de que se está falando. Por tudo isso, a concordância no singular é mais do que legítima. Tanto é assim que Tom Jobim, que não era bobo, coloca bonitinho o verbo "ser" no plural quando a expressão "águas de março" vem, no finzinho da canção, literalmente reproduzida no corpo do texto, passando de idéia de fundo a elemento de estrutura sintática, ou seja, passando de sujeito lógico a sujeito sintático:
"são as águas de março fechando o verão
é a promessa de vida no teu coração. "
é a promessa de vida no teu coração. "
A concordância no plural tem o efeito de um resumo: todos os elementos relacionados nesse texto são, formam as águas de março. Note-se, no entanto, que o verbo no singular retorna: "é a promessa de vida". É como se se quisesse dar mais peso agora à "promessa de vida" do que às águas de março. O que importa mais agora é a promessa de vida. Mas você pode perguntar: isso também não se aplica ao resto da letra? Não poderíamos dizer que a letra quis mais enfatizar os elementos, os aspectos vitais ligados às águas de março, daí ter usado o verbo no singular? É possível. Há em toda a composição de Tom Jobim um apego a elementos variados, há mesmo uma espécie de desejo de fazer o inventário de um mundo já meio fantástico para nós, homens urbanos, para quem saci e índio têm algo em comum: a inexistência, o serem coisas do passado. Esse estilo de inventário acaba como que dando relevo ao detalhe, mas sem prejuízo de dar conta do conjunto. Tudo isso é banhado pelas águas de março, que fecham o verão. Notemos ainda que os elementos ligados à ação do homem vão aumentando ao longo da canção:
"É um estrepe, é um prego,
é uma conta, é um conto
...
é o carro enguiçado, é a lama, é a lama."
é uma conta, é um conto
...
é o carro enguiçado, é a lama, é a lama."
Ora, a palavra "projeto" é bastante ligada ao plano da cultura. A natureza é o lugar do espontâneo, do acaso, que são o oposto do projeto, do cálculo. Já estamos num território não tão primitivo, o que é marcado pelo "carro enguiçado" na lama. Trata-se de um mundo entre a natureza e a cultura. Natural o bastante para que não tenha calçamento e fazer veículos atolarem e culturalmente modificado com a presença de carros e casas. É um mundo intermediário, de lama e de projeto, e onde a chuva cai como uma bênção. O projeto, no entanto, respeita o ciclo natural: só é possível começar de fato a construção da casa ("é o tijolo chegando") quando cessarem as chuvas. Com a terra seca e o outono, então uma nova vida pode lançar as bases. Mas infelizmente nós, paulistas, temos de rezar para que as águas de março não sejam promessa de morte e de desapropriação.
Antonio Carlos Jobim
Maestro, compositor refinado e letrista, Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim é autor de inúmeras canções, como "Wave" (1969), "Águas de março" (1972), "Passarim"(1985), "Sabiá" (1968), esta última feita em parceria com Chico Buarque. Um de seus primeiros trabalhos foi na gravadora Continental, onde reproduzia na pauta as melodias de compositores que não conheciam teoria musical. Em 1952, passa a fazer arranjos para as gravações. Nesse mesmo ano, sua carreira é impulsionada com a divulgação do samba "Faz uma semana", composto com João Stockler e interpretado por Ernani Filho. De 1953 data a gravação de suas primeiras músicas, entre elas "Teresa da praia" (com Billy Blanco), interpretada por Dick Farney e Lúcio Alves. O LP Canção do amor demais, de Elisete Cardoso (1958), considerado um marco na música brasileira, trazia várias composições de Tom e Vinícius de Morais e antecipava a bossa nova em vários aspectos. A música "Samba de uma nota só" (com Newton Mendonça) torna-se internacionalmente conhecida na interpretação de cantores como Ella Fitzgerald e Frank Sinatra. Tendo como parceiro Vinícius de Morais, ele escreveu um dos maiores sucessos de sua carreira, "Garota de Ipanema" (1962). Compõe para cinema, TV e lança vários álbuns. Falece em 8 de dezembro de 1994 de parada cardíaca.
HYPERLINK "http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/poesias/tomjobim_aguasdemarco.htm" http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/poesias/tomjobim_aguasdemarco.htm
O que fica na terra de uma árvore que se cortou quase rente.
Árvore.
Um personagem do folclore amazónico o nome certo é matinta pereira.
Conta a lenda, que à noite, um assobio agudo perturba o sono das pessoas e assusta as crianças, ocasião em que o dono da casa deve prometer tabaco ou fumo. Ao ouvir durante a noite, nas imediações da casa, um estridente assobio, o morador diz: - Matinta, pode passar amanhã aqui para pegar seu tabaco. No dia seguinte uma velha aparece na residência onde a promessa foi feita, a fim de apanhar o fumo. A velha é uma pessoa do lugar que carregaria a maldição de 'virar' Matinta Perera, ou seja, à noite transformar-se neste ser indescritível que assombra as pessoas. A Matinta Perera pode ser de dois tipos: com asa e sem asa. A que tem asa pode transformar-se em pássaro e voar nas cercanias do lugar onde mora. A que não tem, anda sempre com um pássaro, considerado agourento, e identificado como sendo 'rasga-mortalha'. Dizem que a Matinta, quando está para morrer, pergunta:' Quem quer? Quem quer?' Se alguém responder 'eu quero', pensando em se tratar de alguma herança de dinheiro ou jóias, recebe na verdade a sina de 'virar' Matinta Perera.
Conta a lenda, que à noite, um assobio agudo perturba o sono das pessoas e assusta as crianças, ocasião em que o dono da casa deve prometer tabaco ou fumo. Ao ouvir durante a noite, nas imediações da casa, um estridente assobio, o morador diz: - Matinta, pode passar amanhã aqui para pegar seu tabaco. No dia seguinte uma velha aparece na residência onde a promessa foi feita, a fim de apanhar o fumo. A velha é uma pessoa do lugar que carregaria a maldição de 'virar' Matinta Perera, ou seja, à noite transformar-se neste ser indescritível que assombra as pessoas. A Matinta Perera pode ser de dois tipos: com asa e sem asa. A que tem asa pode transformar-se em pássaro e voar nas cercanias do lugar onde mora. A que não tem, anda sempre com um pássaro, considerado agourento, e identificado como sendo 'rasga-mortalha'. Dizem que a Matinta, quando está para morrer, pergunta:' Quem quer? Quem quer?' Se alguém responder 'eu quero', pensando em se tratar de alguma herança de dinheiro ou jóias, recebe na verdade a sina de 'virar' Matinta Perera.
Canhao, desfiladeiro.
Quando o madeiramento para colocar o telhado fica inteiramente armado é a oportunidade de fazer a Festa da Cumeeira. Ramos e palmas são amarrados em várias partes salientes do madeiramento, os operários, quando menos, pedem as cervejas comemorativas se o proprietário não deseja festejar com desafogo.
Fora do comum, absurdo.
Varado.
Liderança e Gestão Cinco lições de ouro
Liderança e Gestão
Cinco lições de ouro
Lê as 5 lições e escolhe a moral (das 5 que aparecem no fim) de cada uma das histórias.
Lição Nº.1 - Gestão do Conhecimento
Um homem entra no banho enquanto a sua mulher acaba de sair dele e se enxuga. A
campainha da porta toca. Depois de alguns segundos de discussão para ver quem
iria atender, a mulher desiste, enrola-se na toalha e desce as escadas. Quando
abre a porta, vê o vizinho Bob na soleira. Antes que ela possa dizer qualquer
coisa, Bob diz:
- Dou-lhe 800 se deixar cair essa toalha.
Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua.
Bob, então, entrega-lhe os 800 prometidos e vai-se embora. Confusa, mas
excitada com sua sorte, a mulher enrola-se novamente na toalha e volta para o
quarto. Quando entra no quarto, o marido grita do chuveiro:
- Quem era?
- Era o Bob, o vizinho da casa ao lado - diz ela.
- Óptimo! Deu-te os 800 que me estava a dever?
Moral da história:
Lição Nº.2 - Chefia e Liderança
Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua
encontram uma antiga lâmpada a óleo. Esfregam a lâmpada e de dentro dela sai
um génio. O génio diz:
- Só posso conceder três desejos, por isso, concederei um a cada um de vós.
- Eu primeiro, eu primeiro - grita um dos funcionários - Queria estar nas
Bahamas a pilotar um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida!
Puf! E lá se foi.
O outro funcionário apressa-se a fazer o seu pedido:
- Quero estar no Havaí com o amor da minha vida e um provimento interminável
de pinas coladas!
Puf e lá se foi.
- Agora você - diz o génio para o gerente.
- Quero que aqueles dois voltem ao escritório logo depois do almoço - diz o
gerente.
Moral da História:
Lição Nº 3 - Zona de Conforto
Um corvo está sentado numa árvore o dia inteiro sem fazer nada. Um pequeno
coelho vê o corvo e pergunta:
- Posso sentar-me como tu e não fazer nada o dia inteiro?
O corvo responde:
- Claro, por que não?
O coelho senta-se no chão, debaixo da árvore e relaxa. De repente, uma raposa
aparece e come o coelho.
Moral da História:
Lição Nº 4 - Motivação
Em África, todas as manhãs, uma gazela ao acordar, sabe que deve conseguir
correr mais do que o leão se se quiser manter viva.
Todas as manhãs, o leão acorda e sabe que deverá correr mais do que a gazela
se não quiser morrer de fome.
Moral da História:
Lição Nº 5 - Criatividade
Um fazendeiro resolve colher alguns frutos da sua propriedade. Pega num balde
vazio e segue para o pomar. No caminho, ao passar por uma lagoa, ouve vozes
femininas que provavelmente invadiram as suas terras.
Ao aproximar-se lentamente, observa várias raparigas nuas a banharem-se na
lagoa. Quando elas se apercebem da sua presença, nadam até à parte mais
profunda da lagoa e gritam:
- Nós não vamos sair daqui enquanto não se for embora.
O fazendeiro responde:
- Não vim aqui para vos espreitar, só vim dar de comer aos jacarés!
Moral da História:
1 É a criatividade que faz a diferença na hora de atingirmos nossos objectivos.
2 Deixe sempre o seu chefe falar primeiro.
3 Se compartilhares informações a tempo podes evitar exposições desnecessárias!
4 Pouco importa se fores gazela ou leão, quando o sol nascer deves começar a correr.
5 Para ficares sentado sem fazeres nada deves estar sentado bem no alto.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
"Galinhas" texto para preencher
Preenche o comprova com os teus colegas
Galinhas foram domesticadas .......10.000 anos
As galinhas foram domesticadas ........ primeira vez .........10.000
anos, na China, de acordo com uma análise ........ ossos fossilizados do
animal, junto ao Rio Amarelo, no norte do País. De acordo com os
biólogos do projecto, uma análise ao ADN prova que essas galinhas são da
mesma linhagem que as actuais.
Segundo o estudo, as galinhas ter-....-.... espalhado pela Ásia, numa primeira fase, e terão chegado ao resto do globo ..... medida que se encontraram com outras espécies antigas de aves.“São resultados interessantes e que sug........ que as sociedades com práticas agrícolas variadas apareceram no norte da China à mesma .............. ("época") que no Próximo Oriente. Acreditamos que o norte da China foi uma das primeiras regiões ..... domesticar ..... galinha”, explicou MIchi Hofreiter, professor da Universidade de York, Inglaterra, e da Universidade de Postdam, Alemanha.
O estudo foi publicado no Proceedings of the National Academy of Science e sequenciou o AND mitocondrial de 39 ossos de galinhas descobertos em quatro sítios diferentes, todos no norte e este central da China. A maioria dos animais de estimação e domesticados de hoje começaram a ser recolhidos do seu habitat selvagem ......... 8.000 anos, ........ medida que o Homem começou ...... tornar os seus acampamentos nómadas em aldeias permanentes.
As duas excepções são os cães, domesticados ......... 15.000 a partir de lobos selvagens asiáticos, e as ovelhas, que apareceram no Médio Oriente ....... 10.000 anos.
Foto: Smoobs / Creative Commons
Segundo o estudo, as galinhas ter-....-.... espalhado pela Ásia, numa primeira fase, e terão chegado ao resto do globo ..... medida que se encontraram com outras espécies antigas de aves.“São resultados interessantes e que sug........ que as sociedades com práticas agrícolas variadas apareceram no norte da China à mesma .............. ("época") que no Próximo Oriente. Acreditamos que o norte da China foi uma das primeiras regiões ..... domesticar ..... galinha”, explicou MIchi Hofreiter, professor da Universidade de York, Inglaterra, e da Universidade de Postdam, Alemanha.
O estudo foi publicado no Proceedings of the National Academy of Science e sequenciou o AND mitocondrial de 39 ossos de galinhas descobertos em quatro sítios diferentes, todos no norte e este central da China. A maioria dos animais de estimação e domesticados de hoje começaram a ser recolhidos do seu habitat selvagem ......... 8.000 anos, ........ medida que o Homem começou ...... tornar os seus acampamentos nómadas em aldeias permanentes.
As duas excepções são os cães, domesticados ......... 15.000 a partir de lobos selvagens asiáticos, e as ovelhas, que apareceram no Médio Oriente ....... 10.000 anos.
Foto: Smoobs / Creative Commons
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Estocolmo: exemplo para o ambiente global
Como na EOI de Ourense se está a preparar uma viagem a Estocolmo para em breve, aqui vos deixo uma reportagem, de há duas semanas, sobre essa cidade:
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quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Razões
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Ler mais: http://visao.sapo.pt/12-razoes-para-deixar-de-beber-refrigerantes=f800581#ixzz3JdJGNs4C
terça-feira, 18 de novembro de 2014
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Projeto Escandinávia 1
Projeto:
Antologia de narrativa breve escandinava contemporânea. Microcontos.
Hús Nr. 451 © 2009 by Gyrdir Eliasson.
Antologia de narrativa breve escandinava contemporânea. Microcontos.
Hús Nr. 451 © 2009 by Gyrdir Eliasson.
A casa
n.º 451
It’s old and dilapidated, with
dirty, tattered curtains covering the windows, the roof on the verge of
collapse and the antenna dangling from the gable on its wire. There are cracks
in all the outside walls and the paint, once white, is now stained brown and
flaking off in many places.
É velha e dilapidada, cortinados sujos e desleixados cobrem as janelas, o
telhado à beira do colapso e a antena a balançar do telhado sobre o seu cabo.
Há fendas em todos os muros exteriores e a tinta, uma vez branca, está agora
manchada de castanho e descascada em muitos lugares.
The garden is a jungle: trees
and hedges growing unchecked, moss in the grass on the lawn, dandelions and
daisies everywhere, and an ancient swing hanging from a tree. One of its ropes
has frayed through, leaving it to trail on the ground, not moving except in
gales when it drags over the grass with a mournful creaking.
O jardim é uma selva: árvores e sebes a crescer sem controlo, musgo na erva
da relva, dentes de leão e malmequeres por todo o lado, e um velho balouço a
pendurar de uma árvore. Uma das suas cordas está desfiada, deixando um caminho
no chão, e não se movendo senão com os vendavais quando se arrasta sobre a erva
com um rangido triste.
No one has lived here for a
long time. The rusty roof rises against the rust-red backdrop of the mountain.
I’ve asked many people who lived in this house but no one seems to have heard
of it ever being occupied. It’s as if it was simply built and then abandoned
without ever becoming anyone’s home. I notice that the glass in the living-room
window is cracked right across and the pane in the front door is broken. The
wind gusts in through the gap in bitter weather.
Ninguém vive aqui de há muito tempo. O soalho enferrujado
levanta-se contra o pano de fundo vermelho-ferrugem da montanha. Tenho
perguntado a muita gente quem viveu nesta casa, mas ninguém parece ter ouvido
que ela fosse alguma vez ocupada. É como se simplesmente fosse construída e
logo abandonada sem nunca chegar a converter-se na casa de alguém.
*
Yet someone must at least have
intended to live there. On the wall by the living-room window there is a
green copper plaque bearing the inscription Built 2010.
Now, as I write this, it is
2072. That’s sixty-two years. Not such a long time in the life of a house, yet
no one knows anything. Last summer I bought the house next door, hence my
curiosity, but I can’t find any information. When I glanced from the antenna
dangling against the wall to the big satellite dishes sprouting like huge
mushrooms on my own roof, I couldn’t help smiling.
“Dad,” say my daughters, “why
is the house next door so ugly?”
“I don’t know, girls,” I reply
and carry on writing. I’m always writing. Yet writing has become obsolete, a
bit like an old house built in 2010, where no one now lives.
“Can’t you just give it up?”
asks my wife, meaning my writing. She finds it bizarre; no one does it,
especially not in a town like this.
“You know no one
publishes books any more,” she adds.
“It doesn’t matter. I have to
write.” I say it defiantly.
“Oh well,” she says with a
sigh and carries on watching the 200-inch screen that covers almost the entire
wall of our living room. No books are allowed on these walls.
*
I sit in my little room
writing. I write by hand on paper, as people used to before. I’ve put aside my
featherlite-computer; it will soon be obsolete anyway, like everything else.
Every day something becomes obsolete. It’s a word we live in fear of
nowadays. Every time the word is invoked people shrink with secret dread.
Dusk is falling. I look out of
the window, through the super-glass that they use in spacecraft; everyone has
it now. The sycamores in the garden are beautiful, yet many people regard them
as obsolete and won’t have any trees on their plots. I gaze through the foliage
at the derelict house. The curtains in the window facing me look as if they’re
made of canvas, hanging any which way from their rings, spotted with grime. All
of a sudden I think I glimpse a faint glow behind them, as if someone has gone
into the house and turned on a light or even lit a candle in spite of the
safety ban.
I decide to go out into the
garden and, rising from my desk with all its papers, recall some words I once
read: Why sit down to write if you haven’t lived?
I walk through the living
room. The bluish glare from the giant screen dominates the room, filling our
wall with huge, sinister human forms. We’re invaded by total strangers every
evening, here in our own home. My wife is sitting on the white sofa, utterly
enthralled by these uninvited guests.
“Where are the girls?” I ask.
She doesn’t answer
immediately.
I repeat my question.
“They’re in their room,
playing in virtual reality.”
“Of course,” I say.
As I put on my jacket I wish I
could go back at least sixty years in time, to the year 2012. That would have
been two years after the house next door was built, and there would have been
nothing but grass here where I’m standing now in the hall.
But I don’t know how to
time-travel.
My jacket is gray, made of
some strange artificial fiber that glitters in the dusk. I don’t find it
particularly comfortable but my wife wants me to wear it. Apparently it’s the
fashion. Once out in the garden I walk among the sycamores and wonder how long
I’ll be allowed to keep them. Most people want the trees removed. Why has the
house next door never been knocked down?
It’s allowed to remain, out of
sync with all the other houses; the straight rows, all similar in character, or
rather in their lack of character.
Because I haven’t erected a
fence between the gardens, I can walk straight over on to the other lawn. The
grass there is very high; it’s never mown, and the moss is as soft as a carpet
underfoot.
As I step up on to the
moldering concrete pavement outside the front door, I seem to hear something,
like the whispering of many voices.
I could be mistaken. But now I
notice that behind the living-room curtains there is a glow from a small
flashlight or candle. Quite suddenly, the curtains appear new, the pavement no
longer moldering, the house freshly painted, and it is 2012 again. I
stand there on the steps as if I live in the house now and have just come out
for a breath of fresh air before going back inside to talk to my family by the
fire.
*
I stand there for some time
before the year 2072 returns. As one would say of a vintage, it’s not a good
year. There’s been no real fermentation. I feel I’d rather live in 2012.
There’s a slight breeze and I see the rope of the swing stirring, though it
would take a much stronger gust to make it drag over the grass with that
creaking sound that I’ve come to know so well.
I hear the whispering again
from inside. After glancing over at my house, which now seems to belong to
someone else, I take hold of the front door handle. It’s locked. At this point
I do something strange; I reach into my pocket and take out a key which I
insert in the lock, though it’s hard to locate in the dusk.
The key fits. I open the door
and step inside. There’s no smell of damp as I was expecting and now I can
clearly see the glow lighting up the hall from the living room. I call out in a
low voice:
“Is there anybody there?”
That’s all I remember.
“Hús Nr. 451,” in Milli
Trjánna (Akranesi: Uppheimar, 2009). © 2009 by Gyrdir Eliasson.
By arrangement with the author. Translation ©
2012 by Victoria Cribb. All rights reserved.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Os estudos e as escolas (vocabulário)
Lê o artigo e tenta explicá-lo com as tuas palavras.
Averigua o significado do vocabulário mais abaixo.
Copianço generalizado.
Copianço generalizado.
Cábulas, são preparadas minuciosamente antes dos exames. Alunos recorrem às mais diversas técnicas para copiar nos testes.
Um auricular escondido no cabelo comprido, um micro "auxiliar de memória" em tamanho de cromo, uma mensagem no telemóvel, o espírito santo de orelha. As técnicas são às dezenas e dependem das oportunidades e da criatividade de cada um. (...)
Posta a nu, a prática da fraude escolar revela sobretudo o quão enganado anda meio mundo. O objectivo dos estudantes não é adquirir competências, mas antes conseguir o canudo o mais facilmente possível. "Todos procuram copiar quando necessitam", o que, segundo o sociólogo, "denuncia uma frequência escolar mais orientada para o sucesso certificado e nominal do que para o sucesso substantivo e real".
(...)
Atentando nos hábitos, o estudo revela que 95% dos universitários que assumem copiar já o faziam no secundário. Mas apenas metade inicia a burla no primeiro semestre. No final do primeiro ano, são já dois terços os copiantes activos, que ascendem a 80% depois de 18 meses nos anfiteatros do saber.
Sabe-se ainda que os rapazes são mais adeptos da fraude do que as raparigas e que as engenharias são as maiores produtoras de cabulice. Cerca de 60% dos futuros engenheiros que completam o curso com copianço arranca logo na primeira ronda de exames, sendo também destes cursos os alunos que mais recorrem à cabula pessoal (61%). O uso da solidariedade dos colegas é mais forte em ciências sociais (77%) e da natureza (73%).
(...)
Há quem não copie quando está preparado ou é impedido de o fazer pelo professor. E há quem nunca o faça por medo de ser apanhado (44%). Apenas 41% dizem não à cábula por valorizarem a genuinidade dos resultados. "De uma forma geral, não há muitos bloqueios morais. Quem não copia não o faz por não poder ou não precisar".
Culpa do sistema? Sim, porque começa por favorecer "o sucesso estatístico". Depois, desmotiva a participação na aula, que obrigaria ao estudo permanente e à consulta de material extra. Por fim, rodeia o exame de todo um ritual inquestionável.
Posta a nu, a prática da fraude escolar revela sobretudo o quão enganado anda meio mundo. O objectivo dos estudantes não é adquirir competências, mas antes conseguir o canudo o mais facilmente possível. "Todos procuram copiar quando necessitam", o que, segundo o sociólogo, "denuncia uma frequência escolar mais orientada para o sucesso certificado e nominal do que para o sucesso substantivo e real".
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Atentando nos hábitos, o estudo revela que 95% dos universitários que assumem copiar já o faziam no secundário. Mas apenas metade inicia a burla no primeiro semestre. No final do primeiro ano, são já dois terços os copiantes activos, que ascendem a 80% depois de 18 meses nos anfiteatros do saber.
Sabe-se ainda que os rapazes são mais adeptos da fraude do que as raparigas e que as engenharias são as maiores produtoras de cabulice. Cerca de 60% dos futuros engenheiros que completam o curso com copianço arranca logo na primeira ronda de exames, sendo também destes cursos os alunos que mais recorrem à cabula pessoal (61%). O uso da solidariedade dos colegas é mais forte em ciências sociais (77%) e da natureza (73%).
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Há quem não copie quando está preparado ou é impedido de o fazer pelo professor. E há quem nunca o faça por medo de ser apanhado (44%). Apenas 41% dizem não à cábula por valorizarem a genuinidade dos resultados. "De uma forma geral, não há muitos bloqueios morais. Quem não copia não o faz por não poder ou não precisar".
Culpa do sistema? Sim, porque começa por favorecer "o sucesso estatístico". Depois, desmotiva a participação na aula, que obrigaria ao estudo permanente e à consulta de material extra. Por fim, rodeia o exame de todo um ritual inquestionável.
http://jn.sapo.pt/2006/05/28/tema_de_domingo/copiancogeneralizado.html
a carteira o quadro, ...
o professor, o lente: o professor (doutor),... (tratamento)
dar aulas/explicações:
frequentar aulas:
ser formado em:
tirar um/o curso de:
um curso, uma acção:
segundo ano:
uma cadeira, uma disciplina:
cábula: trapaça escolar (também adjtvo preguiçoso, manhoso)
cabular: trapacear nas aulas
o professor, o lente: o professor (doutor),... (tratamento)
dar aulas/explicações:
frequentar aulas:
ser formado em:
tirar um/o curso de:
um curso, uma acção:
segundo ano:
uma cadeira, uma disciplina:
cábula: trapaça escolar (também adjtvo preguiçoso, manhoso)
cabular: trapacear nas aulas
crachá:
marrar: decorar, estudar mt
passar trabalhos:
esclarecer dúvidas:
exames, provas, testes:
recuperação, remediação:
lançar as notas:
classificações, valores:
cadeira, disciplina, matéria:
passar, aprovar /reprovar, chumbar:
marrar: decorar, estudar mt
passar trabalhos:
esclarecer dúvidas:
exames, provas, testes:
recuperação, remediação:
lançar as notas:
classificações, valores:
cadeira, disciplina, matéria:
passar, aprovar /reprovar, chumbar:
Escola, internato, externato, ...
Faculdade, reitoria, lente, a praxe...
"A Praxe Académica é um conjunto de tradições geradas entre estudantes universitários e que já há séculos vêm a ser transmitidas de geração em geração. É um modus vivendi característico dos estudantes e que enriquece - nem todas as pessoas pensam igual - a cultura lusitana dos estudantes com tradições criadas e desenvolvidas pelos que nos antecederam no uso da Capa e Batina. Praxe Académica é cultura herdada que talvez seja transmitida às próximas gerações."
Vid. O que é a praxe académica?
Vid. O que é a praxe académica?
Somos responsáveis da escola que temos?
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